A securitização é uma ferramenta de captação de recursos, que consiste em transformar um fluxo de recebíveis de médio ou longo prazo em títulos mobiliários negociáveis à vista no mercado de capitais. Trata-se geralmente da monetização de ativos não circulantes, propiciando uma forma eficiente de financiamento de ativos para empresas originadoras de direitos creditórios.

No modelo de securitização com cessão definitiva, semelhante ao true sale praticado no mercado internacional de capitais, a análise de investimento enfatiza a qualidade e a capacidade de geração de receita dos ativos que servem de lastro para a operação.

A securitização de recebíveis traz amplas oportunidades para empresas originadoras de direitos creditórios, bem como para investidores de títulos emitidos pela companhia securitizadora.

Vantagens para as empresas originadoras dos direitos creditórios:

• maior liquidez, com a monetização dos direitos creditórios, por meio da transformação desses ativos em títulos e valores mobiliários negociáveis;
• alavancagem empresarial, com acesso à captação de recursos financeiros a custos competitivos;
• redução de riscos de inadimplência;
• diversificação das fontes de recurso e desintermediação bancária;
• isenção do custo de administração dos recebíveis;
• não oneração do balanço patrimonial, dependendo da estrutura adotada;
• eliminação de IOF, como nos empréstimos diretos.

Vantagens para investidores:

• maior pulverização de risco, com a diversificação de carteiras, dependendo da estrutura adotada;
• isenção de imposto de renda para investidores pessoas físicas;
• recebimento mensal de juros e principal, dependendo da estrutura adotada;
• subordinação que absorve as perdas estimadas;
• títulos de longo prazo indexados a índice de preços, dependendo dos ativos e da estrutura adotada;
• retorno atraente para uma estrutura lastreada em recebíveis e com garantia real, dependendo da estrutura adotada;
• regime fiduciário e patrimônio separado garantem segregação do risco do emissor;
• segregação de riscos do originador dos direitos creditórios.

O Certificado de Recebíveis Imobiliários (CRI) é um título de crédito nominativo, de livre negociação, lastreado em créditos imobiliários, que constitui promessa de pagamento de longo prazo e baixo risco, em dinheiro, e que somente pode ser emitido por companhias securitizadoras.

Vantagem: captação de recursos com lastro nos recebíveis imobiliários, sem representar endividamento financeiro para a empresa, dependendo da estrutura adotada.

O Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) é um título vinculado a direitos creditórios do agronegócio, que representa promessa de entrega de produtos rurais, com ou sem garantia cedularmente constituída, que somente pode ser emitido por companhias securitizadoras. São vendidos a investidores que recebem juros como remuneração.

Vantagem: permite ao produtor rural ou suas cooperativas obterem recursos para desenvolver sua produção ou empreendimento, inclusive o custeio da lavoura.

O Ethos Group realiza a securitização de dois tipos de recebíveis: